segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Taciturno


Taciturno sou eu; o Mundo.

Possuo a visão em todos os sentidos, vejo o mal, o mal, e o bem. Percebo o nascer, entendo o amadurecer; Não entendo o adulto. Não há entendimento para este, não há razão para o inconsciente se tornar amargo.

É facilmente absolvido o que teve uma infância diminuída, obstruída. Mas porquê?

A razão são vocês, eu, Mundo, so estou a viver o ciclo das vossas vidas. Dependo das vossas vicissitudes. E nem tudo é mau, há coisas boas. Porque é que vocês exploram sempre as más, o erro? A intenção não chega, têm que actuar, fugir, recorrer á honestidade.

Sinto-me ultrapassado pelo vosso fracasso, impotente, a minha imponência é diariamente posta á prova.

Mexam-se!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

O BOM E O MAU

Uma boa noticia alheia desperta-lhes a inveja;

Uma má noticia torna-os compreensivos, esperançosos, com uma ligeira tendência para a compaixão, accionando o mecanismo que lhes permite atingir a "felicidade".

terça-feira, 9 de junho de 2009

EFEITOS CONTEMPORÂNEOS III

– Olá, Papá – disse o Duarte.
– Agora não, Duarte – disse o pai.
– Olá, Mamã – disse o Duarte.
– Agora não, Duarte – disse a mãe.
– Há um monstro no jardim e ele vai comer-me – disse o Duarte.
– Agora não, Duarte – disse a mãe.
O Duarte foi para o jardim.
– Olá, monstro – disse ele ao monstro.
O monstro devorou o Duarte, até ao último bocadinho.
Depois o monstro foi para dentro de casa.
– GRRR – rugiu o monstro atrás da mãe do Duarte.
– Agora não, Duarte – disse a mãe do Duarte.
O monstro mordeu o pai do Duarte.
– Agora não, Duarte – disse o pai do Duarte.
– Tens o jantar pronto – disse a mãe do Duarte.
A mãe pôs o jantar em frente da televisão.
O monstro comeu o jantar.
Depois esteve a ver televisão.
Depois leu uma banda desenhada do Duarte.
E partiu um brinquedo do Duarte.
– Vai para a cama – disse a mãe do Duarte. – Já te levei o leite para cima.
O monstro subiu as escadas.
– Mas eu sou um monstro – disse o monstro.
– Agora não, Duarte – disse a mãe do Duarte.

Agora Não, Duarte, de David McKee

quinta-feira, 4 de junho de 2009

BI MÔ TÉ SARATIKAN DAFA


Nesta fábrica contemporânea não há pessoas más... Apenas com uma “inocente” inclinação para o mal.

Não alcançam a felicidade sem a desgraça dos demais. E é esta a almofada que lhes assegura algum conforto na hora de dormir.

Pobres felizes : amam egoísticamente, fingem !

A mim não me apanham nesse ciclo vicioso. Está esgotado !
Vivo do que me dão e dou instintivamente, sem nunca esquecer a luta da pureza contra a hipocrisia. Luto contra esta ditadura das aparências.

Não te deixes manipular,
A babilónia insiste em ocultar
Toda a VERDADE que o povo quer escutar,
Se queres VERDADE então tens que LUTAR !

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Abril............

Agora que estamos em abril. mais precisamente em fase de comemorações do 35º aniversário do 25 de Abril, só me ocorre uma coisa em mente:

Salgueiro Maia deve andar às voltas no tumulo................................................................

Se analisarmos as atrocidades cometidas , deparamo-nos com uma "escravidão moderna" , escravidão essa , que limita a sociedade à extrema obcessão pelo poder e pelo dinheiro, sendo alimentadas essencialmente pela pobreza de espirito , tanto daqueles que se aproveitam da situação , como daqueles que os seguem (marionetas, puppets ou simplesmente a carneirada).

Sei que aquilo que escrevo não é propriamente uma novidade, mas nesta altura em que pensava que estavamos numa era de inovação ,isto não faz sentido, senão vejamos :

A emancipação da mulher;

As mulheres na minha opinião claro, conseguiram uma vitória importante equilibraram a balança e já não são vistas como o elo mais fraco.


Portugal;

Deixou de ser visto como uma colónia espanhola , e fez surgir toda a sua potencialidade com a excelente organização da Expo98 (principal alavanca no crescimento do pais ) e do Euro 2004.
Hoje em dia temos o presidente da comunidade europeia , e o melhor jogador do mundo.

Em suma:

Se somos tão fortes quando isso envolve , paixão e trabalho.

Porque nos limitamos a andar à boleia dos outros? porque continuamos a ser o pais do Sr. Doutor?Porque nos dividimos em classes sociais ( patéticas e irracionais)porque não aprendemos a respeitar-nos uns aos outros e que ninguêm pode ser julgado porque é de chelas ou de cascais, porque é preto ou branco.

Sei que provavelmente quem ler este texto , irá certamente pensar que estou a ver o lado romantico da questão, e que na realidade as coisas não são bem assim, mas uma coisa vos garanto:

Não podemos escolher se nascemos pretos , brancos , ricos ou pobres, se todos nascemos , todos morremos e se cá estamos por alguma razão é, certo?
Que tal aprendermos a respeitar ideias e a não fazer juizos de valor nem a fazer "retratos padrão" da sociedade em que nos temos de vestir de determinado modo ou frequentar determinados sitios para sermos aceites,isso sim é a liberdade que Salgueiro Maia e os capitães de Abril pensaram , não uma liberade Fútil e cruel.

sábado, 18 de abril de 2009

AMIZADE




" A camaradagem, o companheirismo, às vezes, pareçem amizade. Os interesses comuns por vezes criam situações humanas que são semelhantes à amizade. E as pessoas também fogem da solidão, entrando em todo o tipo de intimidades de que, a maior parte das vezes, se arrependem, mas durante algum tempo podem estar convencidas de que essa intimidade é uma espécie de amizade. Naturalmente, nesses casos não se trata de verdadeira amizade.

O AMIGO, não espera recompensa pelos seus sentimentos (...) O sentido mais profundo da AMIZADE é precisamente o altruísmo, o facto de não querermos o sacrificio do outro, não queremos NADA, apenas manter o acordo duma aliança silenciosa."



Sándor Márai

segunda-feira, 6 de abril de 2009

MANIFESTO PELA VERDADE




Passo a apresentá-lo sem artifícios :

Em Portugal, humilde quer dizer calar a nossa opinião, evitar a frontalidade. Não alimentemos esta síndrome humana. Melhor dizendo : a hipocrisia do homem moderno que convive numa sociedade de faz de conta.


Humildade é, embora reconhecendo a nossa inferioridade perante a verdadeira sabedoria, não calar as nossas ideias, boas ou más. É não camuflar a verdade com meias verdades, nem simular/fintar a realidade das relações com os nossos semelhantes. Porque a PUREZA está em encararmos as coisas (aquilo que existiu ou pode existir), tal qual elas se nos apresentam, sem artifícios, por mais positivas ou menos agradáveis que elas sejam.

Esqueçam o politicamente correcto. Ele só nos leva à hipocrisia, à mesquinhice tão própria da pequenez de certas mentes. Ser politicamente correcto não é, necessariamente, optar pelo caminho da civilidade. É antes optar pela via da “etiqueta”.
Não me preocupo em criar para mim um personagem de Miss. simpatia, não se apresenta como um objectivo pessoal. Interesso-me sim por tentar espalhar a mensagem da verdade.


Para com os demais só temos duas obrigações :


1ª :

Respeitá-los. Por respeito não me refiro aos sorrisos presos por arames, plastificados e obrigatórios, que diariamente somos confrontados repetida e aleatoriamente, como forma de demonstrar (falsa) consideração.


Respeito é:

- Não cuspir na sombra dos outros.

- É não causar danos a terceiros

- É honrar a verdade


Enfim, é mostrar carácter.


Para além disso, não devemos perder tempo com quem não nos respeita. Eu opto por ignorar em vez de fingir o que não quero ser. É um DIREITO opcional, não por imposição.


2ª:

só usar a nossa LIBERDADE até onde começa a liberdade dos outros. É um DEVER.


Em tudo o resto, só temos deveres para conosco e para com aqueles que amamos. Para com esses não se trata apenas de respeito. Trata-se de partilha, de laços não desatáveis nem destrutíveis pelo tempo ou espaço.

Quem consegue interiorizar este conceito de forma positiva, sem dramas, ódios nem rancores é, sem dúvida, mais verdadeiro com tudo o que o rodear.


VERDADE, logo FELICIDADE


Eis uma das características que formam o caracter do Ser “Superior”.


quarta-feira, 1 de abril de 2009

GOING UP THE COUNTRY


“Com a minha experiência aprendi pelo menos isto: se uma pessoa avançar confiantemente na direcção dos seus sonhos, se se esforçar por viver a vida que imaginou, há-de deparar com o êxito inesperado nas horas rotineiras. (…) À medida que ela simplificar a sua vida, as leis do universo hão-de parecer-lhe menos complexas, a solidão deixará de ser solidão, a pobreza deixará de ser pobreza, a fraqueza deixará de ser fraqueza. Se construístes castelos no ar, não terá sido em vão esse vosso trabalho; porque eles estão onde deviam estar. Agora, por baixo, colocai os alicerces.”

H.D.T, em Walden

sexta-feira, 27 de março de 2009

Compreender

Ao Ser cabe a destreza de pensar. Usar a cabeça num nível superior, mais inalcançavel do que o simples reagir.
Somos dotados, os que são, de observar. Inspirarmo-nos pelo movimentar á nossa volta. O movimento febril das pessoas, o desabrochar infantil, a eloquência dos animais, o inanimar cheio de vida das plantas, e até as construções nos podem lubrificar.
Somos também capazes de criticar, sendo que isso se tornou a maneira mais fácil de observar. Realçamos uma opinião contra-natura sendo que a mesma de nada serve consumada simplesmente como uma simples opinião. Torna-se mais fácil a crítica e a insatisfação, o que eleva a compreensão e a entreajuda a um patamar mortal.
A dor que sentimos ao observar tal inutilidade nas pessoas, de nada serve se só com isso ficarmos satisfeitos e nos apaziguarmos a tal sugestão. Devemos começar por compreender, logo depois entender o porquê de tais reacções. Para tudo há uma causa-efeito.
Nem todos fomos fomentados de uma educação que nos permita pensar, ou até mesmo criticar, logo, estudar cada factor aprofundadamente, de modo a obter deste uma clarificação.
As desigualdades sociais estão impostas, a mudança é obstruída pela política. Devo arriscar dizer que se não houvessem desigualdades sociais os pensadores não exisitiam ou não eram necessários, visto que eram seres iguais a tantos outros. De nada tinham a falar e a crítica não existia. Mas ela existe e os que lhes é permitido falar e tecer críticas devem em primeiro lugar Pensar.
Nas sociedades e em particular na nossa, há muito a observar e a remodular, mas nem tudo é lamentável. Há boas pessoas, justas e dedicadas, leais e delicadas.
O ser Superior deve sobrevoar o enovoado social e sugar a energia que estes seres nos traz. Tender para o amor, para a partilha, quedar-se em conversas constructivas e arrepiar-se com a sintonia num trocar de ideias.
Há muito mais que o negativismo de uma população ou da sociedade, ao fecharmo-nos nesse pensar, por mais que idealizemos algo correctamente, seguimos o rebanho na mesquinhice, na não-partilha e no miserável testemunhar isolado sem perceber.
Vivendo positivo e leal á lei moral todo o ser se torna mais capaz, visto que testemunha o que quer testemunhar, mas de um modo sensato, pois compreende.

sábado, 7 de março de 2009

Eu sou índigo. E tu?




Passam por crianças hiperactivas mas não são. apenas lutam contra aquilo que dizem ser a passividade da sociedade. As suas capacidades intuitivas apuradas, faz com que detectem uma mentira muito mais facilmente e, por isso, não conseguem conviver com falsidades e hipocrisias.
As crianças índigo começaram a aparecer, em maior número e com maior frequência, nos anos oitenta e são a prova de que vamos ter de mudar muitas coisas. São crianças que nascem para marcar a diferença, para provocar a mudança nas consciências e prioridades humanas, e é exactamente neste ponto que elas se distinguem das outras crianças.

Os índigos pautam-se por mostrar a sua revolta em relação ao que pensam estar mal instituído. Identificam-se pela diferença já que são incapazes de lidar bem com a mentira e com o uso da autoridade sem justificação moral. Privilegiam as relações autênticas, a negociação, o diálogo e a partilha. São crianças que não aceitam ser enganadas porque são extremamente intuitivas, captando assim facilmente as verdadeiras intenções das pessoas que consigo convivem. A maneira de saber se uma criança é ou não um índigo, é apenas pela diferença. Não há, assim, uma cartilha onde se possa dizer que esta pessoa é índigo. Ela caracteriza-se pela diferença porque reage mal à mentira, entre outras coisas.

Com elas, a intimidação não resulta porque andam sempre à procura da verdade e encontrá-la-ão, custe o que custar. Gostam de saber os porquês, gostam de perguntar e pôr em causa e, portanto, quem não está a par da existência dos índigos tem a tendência para lhes colar o rótulo de crianças mal comportadas, o que não é verdade.

Inteligência fora do comum
Os índigos são pessoas mais sensíveis do que as outras, mais intuitivas e revelam uma inteligência espiritual fora do comum.

Na verdade, os mais espirituais afirmam que os índigos vieram para mudar o Mundo, enquanto que os investigadores não arriscam tanto, mas não ficam indiferentes ao fenómeno. Dizem que estas utilizam, em simultâneo, o hemisfério esquerdo (predominância do mundo físico) e o direito do cérebro (mundo espiritual, não físico), o que faz com que elas consigam ir muito além no plano racional e intelectual, desenvolvendo, mais acentuadamente, as capacidades intuitivas, criativas e espirituais.

Com efeito, os índigos necessitam de uma educação e ambiente propício para poderem desenvolver todas as suas potencialidades, ajudando-nos num futuro próximo a mudar muita coisa que necessita ser alterada no Mundo em que vivemos. Não há dúvidas de que as crianças índigo existem na realidade, embora se deva retirar a carga esotérica, ocultista e religiosa que tentam importar a este fenómeno.

Ensino ultrapassado
O sistema educativo vigente já não serve para lidar com as novas gerações de crianças.
Instituições de ensino preparadas para dar resposta a este tipo de crianças não existem praticamente no nosso país. As escolas, em Portugal, estão muito pouco viradas para a interactividade na relação alunos/ professor. Estes encaram os alunos de forma colectiva quando as escolas devem caminhar para um ensino virado para a individualidade das crianças, pois só assim conseguirão retirar o melhor que elas têm.

As crianças índigo não são seres estranhos que apareceram agora no nosso planeta, porque sempre houve crianças índigo no Mundo. O que acontece é que, desde os anos oitenta, o número dessas crianças tem vindo a aumentar significativamente. No entanto, as sociedades ainda não estão habilitadas a lidar com as crianças da “nova era”. Existe hoje um verdadeiro abismo entre a criança e o mundo dos adultos que ameaça tornar-se perigoso.

Por um lado, as crianças nascem com uma predisposição cada vez mais espiritual, por outro, o mundo dos adultos afasta-se, cada vez mais, do valor espiritualista do Homem. O mundo de hoje encontra-se impregnado de uma mentalidade puramente materialista e é isto que os índigos se propõem a alterar. Poucas dúvidas pareçem existir de que as sociedades necessitam, urgentemente, de se consciencializar e adaptar às caracteristicas e mentalidades das crianças que vêm surgindo. Uma nova realidade começa assim a ganhar forma e a implantar-se nas sociedades.

Não será isto uma forma de lutar contra a "rebanização", o seguidismo excessivo - O maior problema da sociedade actual ?
Eu sou índigo, e aqueles que lerem esta mensagem também são, sei-o bem.

Libérez le monde !

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Freedom Fighter



My days were much more exciting when i was pennyless.
Christopher McCandless

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

EFEITOS CONTEMPORÂNEOS II



Hoje e aqui, quanto mais temos mais queremos...

Felizes são aqueles que nada têm sem saber que o podem ter.
Aí, o sol nasce igual para todos

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

You shall be wise and know your culture


Importante não é aquilo que desejamos ter no futuro, antes o que somos e desfrutamos aqui e agora...

Falemos de Liberdade :

Paremos para nos redescobrir. Reconquistemos o bem-estar através da simplicidade.

A harmonia é alcançada através dos sentimentos verdadeiros, que por sua vez provêm naturalmente do âmago do nosso idealismo, e não da manipulação/ distorção camuflada de falsas promessas de felicidade. É uma questão de valores, princípios, ou se quiserem de prioridades individuais.

Eu acredito que menos pode significar mais. Posso existir melhor com menos. Basta não sucumbir à febre do hiperconsumo. Presentemente, o ideal de uma vida feliz é construída por alguém que não nós próprios. Hoje, ser feliz é alcançar o sucesso, é consumirmos em vez de partilharmos.

NÃO !

Se mudarmos o nosso modo de vida, voluntária e gradualmente, seremos recompensados com a Libertação do jugo da rotina capitalista :

Trabalharemos menos, gastaremos menos dinheiro e de forma mais construtiva. Enfim, uma vida com mais sentido, mais próxima da verdade.

Para consumirmos de forma racional temos, pois, de esclarecer e distinguir o que é importante e o que é acessório. Não se trata de renunciar totalmente ao materialismo, nem de nos sujeitarmos a uma privação auto-infligida. Muito menos se trata de ter uma visão romântica da pobreza. Quem pensar isso não compreende o essencial.

Trata-se antes de abraçar uma filosofia de simplicidade voluntária, viver de acordo com os meios, valores de cada um de nós.

Percebamos o funcionamento da “máquina” :

O nosso sistema político depende do crescimento económico, que por sua vez é medido através do Produto Interno Bruto. PIB este que cresce ou não, graças ao consumo. Se todos pararmos de consumir, as economias vão ao fundo. A Publicidade e o marketing existem para nos colocar na linha, tal qual um qualquer rebanho : o seu objectivo é fazer com que continuemos a consumir, que acreditemos ser essa a nossa única solução, de forma a educarmos os nossos filhos a seguir o mesmo exemplo.

O MEDO é muito mais poderoso que a violência.

Se o pior cego é aquele que não quer ver, então abram os olhos e vejam com atenção.

O hiperconsumo não é mais do que uma resposta á insegurança, ao medo que, subtilmente, é trabalhado por profissionais que geram o terror. Além das clássicas manipulações dos publicitários, economias de mercado altamente competitivas geram novas fontes de ansiedade, quer sejam simples questões de identidade (qual o meu papel na sociedade?) ou ainda perguntas elementares ( quem tomará conta de mim quando for velhinho? ).

A ligação entre materialismo e insegurança é bastante clara :

Quanto mais insegurança, mais materialismo, logo mais consumo. É um sistema que se auto alimenta. Somos induzidos a ter comportamentos (“maquiavelicamente” manipulados) estandardizados, como se fossemos Robots. Chegámos ao ponto em que, para sentirmos que vivemos precisamos de comprar qualquer coisa, o que quer que seja, necessário ou não. Simplesmente porque, para milhões de pessoas os bens de consumo se tornaram a essência da vida. Porque temos MEDO de ser excluídos.

O que não nos apercebemos (estaremos cegos ou não queremos ver?) é que o dinheiro e as dívidas dominam a nossa existência, fazemos parte do ciclo vicioso do hiperconsumo:

Trabalhar mais > ganhar mais dinheiro > consumir mais.

Se alguém se recusa a seguir este modelo instalado, logo argumenta a minoria que detém o poder que, desse modo, destruiremos a economia dos Países. O que demonstra até que ponto todos nós dependemos das forças do mercado, quando devíamos ser nós a controlar o rumo das nossas vidas , a definir as nossas prioridades.

Que cada um desperte a sua consciência e estabeleça as suas próprias prioridades. Porque :

" Liberdade é uma atitude"


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Delinear

O ser superior distingue-se pela aptidão que tem de observar os outros.
Navega na decomposição social. Realiza em si uma visita guiada pela evolução industrial, pelos destroços paisagísticos, pela política hipócrita e pela anquilose humana.
Faz uma ablução milimétrica cada vez que pensa pensar, e revê em cada rebanho social a abnegação de o fazer também, e isto frustra-o. Irrita-o. Ira-o.
Com efes-e-erres coloca cada espécie na sua mente, pensa-a, estuda-a, repensa-a, e só depois a define. Não conclui abruptamente, tem a capacidade de distinguir.
Teme-se a si próprio e teme ainda mais não ter o poder de mostrar a verdade, é absentista.
Vive na esperança que noutra sociedade tudo melhore, ou que esta mesma milagrosamente o faça. Mas este não espera. Não espera pelo bumbúrrio político e social.
Ele prossegue insatisfeito, satisfazendo-se com a inglória dos “felizes” e com a insatisfação dos seus pares.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

EFEITOS CONTEMPORÂNEOS

- Estou tão bêbado !
- Como é que sabes ?
- Porque estou feliz !


assim se dizem verdades...

Um país á beira-mar plantado.

Definições, re-definições, resultadas da crença entre os demais filósofos. Desnecessárias.


Já não cabe aos ilustres alertar quanto a este júbilo, está implícito nas variadas mentes. Até os mais capazes descem a encosta..
Somos criados na ilusão de agradar, somos vermes rodeados por uma sociedade infantil , comandada pelo excesso, monoteísmo e descrença pessoal.
A família em tudo impede a evolução, essa evolução quer-se escrita pelo pensamento dos nossos criadores. A é imposta no baptismo, sem ainda uma palavra conseguirmos exprimir.
E o que é feito do livre-arbitrío, da escolha múltipla? Não existe!
Cabe aos seres capazes fazer a sua escolha ,evoluir numa sociedade evoluída, desafiar o seu crescimento e partir para a absolvição. Somos ridículos.
Somos um povo que sofre de uma alegria e loucura infantil, um rebanho que pasta nos mais baixos pastos da União Europeia. Vivemos da nossa cultura histórica, do Camões e dos Lúsiadas, da Amália e do Fado, do Eusébio e do Benfica.
E actualmente o que temos? Temos o Tony que em tudo simboliza a nossa cultura ao encher o Olimpiá, mostra aos de lá a nossa música.
A economia estourou, o parlamento palpita em cada 4 anos, o Benfica já não vence, o Fado já não vinga, se não fosse o Saramago...Sim porque ultimamente, só dele ouvimos falar lá fora...culturalmente....porque tambem temos o Ronaldo, o melhor do mundo. Mas só levantamos a bandeira aí, no ópio do povo, o futebol.
Concluindo, a sede de vencer e de nos superiorizarmos, falece com os descobrimentos. A mesquinhice mantêm-se, a hipocrisia floresce em cada raíz plantada. A mentalidade capitalista; aqui não, só no país ao lado.
Se não fosse o Amor, e os Seres Ilustres, Portugal era um pasto.
I'm going to paraphrase Thoreau here... rather than love, than money, than faith, than fame, than fairness... give me truth.

Christopher McCandless
Suficientemente elucidativo, ida tursic & wilfried mille Jane-June-July

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

TENS DE ACORDAR

" Pensar por si só é uma virtude,
Liberdade é uma atitude..."

em "Bailinho da caravana". K.A.
"Os ventos que às vezes tiram algo que amamos, são os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar... Por isso, não devemos chorar pelo que nos foi tirado e sim, aprender a amar o que nos foi dado. Tudo aquilo que é realmente nosso nunca se vai para sempre." Bob Marley