A fábula moderna

Durante uma época glacial muito remota, quando parte do globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram indefesos, por não se adaptarem às condições do clima hostil.
Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a unir-se e a juntar-se cada vez mais. Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro e todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se, enfrentando por mais tempo, aquele inverno tenebroso.
Porém, vida ingrata! Os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam calor, aquele calor vital, questão de vida ou de morte. E afastaram-se feridos, magoados, sofridos. Dispersaram-se por não suportar por mais tempo os espinhos dos seus semelhantes.
Mas esta não foi a melhor solução. Afastados e separados, logo começaram a morrer congelados. Os que não morreram voltaram a aproximar-se pouco a pouco, com jeito, com preocupação. De tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviverem sem causar danos recíprocos. E  assim resistiram à longa época glacial.
E sobreviveram!

A voz

-Vai lá, força!
Esses tomates, deixaste-os na horta?
-oh mas...
-Até parece... só tens que ter coragem, és medricas?
-Não, claro que não.
-Então estás à espera do quê? Vai!
-Sei que amanhã me arrependo.
-Arrependes nada, a vida é para viver, nunca mais vais ter esta idade.
-Sim mas.., não é correcto.
-Olha lá, mas o que é correcto? Se não fizeres, arrependeste de não o ter feito.
-Sim, também é verdade.
-(André, estás a falar com quem?)

São Martírio

São Martírio

Venha vinho e castanhas,
descascadas.
Assadas ou cozidas.
Ele tinto ou branco
mais que isso, é demais.

Haja vinho, nada mais,
bem carrasco.
De pouca uva, dos restos dela
mal pisada ou agua-pé.

A castanha é um luxo,
se vem quente já é cara,
se vem crua,
mal amanhada.
Come-la à condição.

Não peço mais,
não me é permitido.
Já não há santo,
nem São Martinho.

Mas de vinho vou saciar,
não custa muito
não enche o tacho, mas
foge a cabeça do pensar.

Lembrar a memória

As memórias vivem num mundo à parte, são diferentes de todas as outras coisas, diferentes de todas as pessoas. As memórias não vão embora.

Podemos tentar esquecer todas as lembranças. No entanto, as memórias fazem-nos sentir presente aquilo que foi passado. Sem memória somos zero, ponto.

caminho

- E agora! O que és agora?
- Não sei, sei tão pouco como tu. Estou a caminho!

O mundo das formas é efémero, todos nós somos efémeros.
A verdadeira liberdade está em saber pensar e esperar. Falar é bom, pensar é melhor; inteligência é bom, paciência é melhor.
Eis uma das nossas riquezas : termos a consciência da arte que representa conseguirmos alcançar uma felicidade pura, não plena, mas pura.
É bom termos a experiência de tudo o que queremos saber, mas melhor ainda é saborearmos o sabor belo da libertação deste mundo vazio, por vezes cheio de nada. A isso chamo quando encontramos o “milagre” do pensamento puro.
Como é bom não odiar, como é bom poder respirar.

Estou a caminho!

Desejo ou sonho

O desejo para mim nada mais é, que um sonho, e como em todos os sonhos há que lutar por eles, ou então, deixar cair no esquecimento. Sonhamos tanto e desejamos tão pouco. Acreditamos no que não temos e não vemos o que está ao nosso alcance. O desejo que todos temos é que estes, se tornassem reais, mas para isso, há que tentar alcança-los, a eles, e em tudo no que acreditamos. A nossa essência é feita de sonhos e pelo desejo de ser felizes. Porquê levar uma vida tão séria quanto nesse teu desejo ela tem outra cor, onde não há maldade nem tristeza? O Desejo é o fruto da imaginação que te alimenta o coração e te mantêm vivo...Espero que todo o mal que te desejo recaia sobre mim 3 vezes....

A vida

Aprendi que é dificil viver só de amor,
Não podemos dar tudo de nós, sem mais nem menos.
Não podemos acreditar em tudo o que sentimos,
Nem tão pouco viver de um amor e uma cabana.
A vida é dura e não tem espaço para românticos.
Os apaixonados vivem numa ilusão que não cabe num mundo como este.
O mundo é duro, difícil, o nosso maior inimigo.
Não sei se será o mundo ou a sociedade.
Aposto mais na sociedade.
Uma sociedade cheia de regras, imposições e obrigações.
Uma sociedade em que impera a hipocrisia, a maldade e a injustiça.
Uma sociedade que não se preocupa com os outros.
Uma sociedade em que todos os valores foram esquecidos.
Uma sociedade que não nos permite viver.
Viver é ser escravo.
Viver é ser injustiçado.
Viver é ser alguém que não escolhemos ser.
Nascemos como máquinas para produzir.
Somos todos iguais, robots em prol de uma sociedade.
Não existem vontades nem tão pouco liberdade.
Se achas que tens liberdade, é porque estás a ser manipulado pelo teu desejo de mudança.
Antes de nasceres já está tudo determinado.
porquê criarmos a ilusão que somos diferentes quando somos todos tão iguais?
Todos ou quase todos que tentaram fugir a este modelo social, foram marginalizados.
Posso bater o pé e dizer NÃO, mas de que adianta?
O mundo só é mundo se vigorar o dinheiro.
O dinheiro comanda, quer tu queiras ou não.
O dinheiro compra desejos e ambições.

O dinheiro traz poder e uma ilusória felicidade.

O dinheiro separa amigos, separa irmãos, separa pessoas e famílias.

O dinheiro torna-nos gananciosos, egoístas e insensíveis.

O dinheiro quando se apodera de nós, destrói-nos.

Mas, e se eu escolher viver sem dinheiro e só de amor?

E se essa for a minha vontade?

Se essa for a minha vontade, estou condenada.

A sociedade, como já referi, não foi preparada para vivermos de um amor e uma cabana.

Sem dinheiro, por muito boa vontade que haja, não temos nada.

Somos marginalizados e postos de parte.

Não é fácil viver, diria que é a missão mais difícil a que estamos sujeitos.

Nascer com uma única certeza, um dia vou morrer.

E, ainda assim, tenho de me inserir numa sociedade destas, sem coerência, sem amor, sem vontades.

Não tem lógica.
Ninguém se preocupa com ninguém.

Só impera o egoísmo, a falsidade e o cinismo.

As pessoas são más. As pessoas fazem mal aos outros.

Ninguém se preocupa com a miséria ou com a fome dos outros.

As pessoas vivem robotizadas e preocupadas em PRODUZIR.

As pessoas ou parte delas querem ser alguém, um "prof. dr." sabe tão bem,

de que interessa se o mendigo vive na rua ou o toxicodependente tem fome?

Isso é problema deles. 

Tu nasceste para TU seres alguém, os outros que se lixem.

Existe muita falta de amor pelo outro.

Existe tanta falta de amor no mundo.

Mas depois, para remediar tudo isto, existe um DEUS.

Sim, um Deus-Todo-Poderoso que nos perdoa todo o mal que fazemos

Um Deus que compreende o nosso egoísmo,

Um Deus que estará lá sempre para quando precisarmos.

Um Deus que ajuda uns e outros não.

Um Deus que tem a capacidade para criar o mundo,

mas não tem capacidade para acabar com as guerras e as mortes.

Um Deus que não trata todos por igual, fazendo milagres a uns e a outros não.

E aqueles que crêem nesse DEUS?

Esses são os piores.

Pessoas que roubam, matam, maltratam, torturam, mentem, enganam

e são as primeiras que cinicamente louvam o nome de Deus.

Pessoas hipócritas, falsas, que adoram julgar tudo e todos,

mas são as primeiras a ter telhados de vidro, e ainda se dizem crentes e santas.

Irónico, no mínimo.

Vivemos sem margem para dúvidas, no pior dos mundos que alguma vez conheci. (ainda que só tenha até hoje conhecido este.) by:   Musa

Está nos Genes

Por vezes a agonia de avançar para uma conversa, séria, uma em que se tome para uma decisão, ou que resulte no corte de Liberdade da pessoa que nos espera ao diálogo, deixa o Homem, enterrado em si próprio. Angustiado e desencorajado.
 No relacionamento humano, seja ele de que espécie for, há sempre o medo de avançar para uma decisão que possa quebrar o relacionamento dos mesmos. Por vezes surge imediatamente, após o acumular de vários desajustes feito por uma das partes. Em agonia e sem reflexão, a parte sólida decide rematar todos os erros ou só defeitos para o outro, não pensando no que possa depois vir, sem referir ao seu íntimo que depois disso, poderá haver um futuro nessa interligação pessoal, seja esta pessoal, ou mesmo a nível social ou de um grupo.
A abordagem humana é por vezes incorrecta; poderá ser defendido este parecer, tanto a nível científico e genético. Ou então defender, erradamente, que se trata de uma questão de feitio, ou até mesmo, culpar a pessoa que sai lesada, de uma má conduta até então.

Trata-se de vários factores, existe a questão científica, sempre e acima de tudo, depois a influência educacional e depois então o desempenho social e em grupo, que terá ou não impacto, dependendo dos factores anteriores. Esta influência que o humano poderá sentir, reside a nível genético e educacional, e nunca pela simples influência, pois ela só existe se a pessoa quando nasce tivesse genes "influênciaveis".

Esta impessoalidade de parecer, pode parecer ilegítimo, mas trata-se apenas de um excerto de tese sobre a preponderância que a genética e a educação têm no ser. E a justificação pela qual atribuímos "feitios" ás pessoas.


"Nada serviu tanto o despotismo como as ciências e os talentos"  Dostoievsky

"Meu vicio"

  

Faz tempo que te tinha apagado da minha memória,faz tempo em que fiz um format c: no meu cpu, as recordações deixaram me abalado, são como um vírus no meu país das maravilhas, perdi tudo o que lá tinha de bom e bonito, apaguei todas as memórias, já não há mais "lua", o caminho do mais fácil levou me até ao fruto proibido há maçã podre do pomar, tudo o que não podia era parar de acreditar, adrenalina corria me nas veias , jogava o jogo por impulsos intuições não havia medos, era tudo sem restrições só eu e tu um só...agora o meu antivírus precisa de uma nova atualização,a maçã já foi mordida e todo o veneno perdido,resta me só este cigarro e cantar este fado...vicio mau que me atormentas e consomes és o meu alimento sai não te quero mais ter...

A vida é uma montanha russa man cheia de altos e baixos,para subir demora buée,a descer vai num ai,pelo meio ainda tem um looping que faz virar tudo de pernas para o ar,mas dps volta tudo ao mesmo,altos e baixos...prontos para mais uma viagem???

"Bom Aluno"

Ser obrigado a ser "bom aluno" nunca resulta!  Visto que para apresentar bons resultados utiliza-se todos os recursos possíveis e imaginários! No caso concreto estes consecutivos exames e as suas avaliações positivas   tem objectivamente criado uma situação nos limites do sustentável. As restrições a que Portugal se tem sujeitado são indubitavelmente destrutivas de toda e qualquer competitividade que poderia eventualmente existir! A classe média vê-se acorrentada a uma carga fiscal que a impossibilita de ser um dos motores do crescimento económico que Portugal necessita!

Winston Churchill  numa das suas inúmeras frases celebres afirmou que  "Personally I'm always ready to learn, although I do not always like being taught". Eu pessoalmente estou completamente de acordo com a  citação ainda mais quando o que nos querer ensinar é absolutamente e simplesmente imbecil!

 

                                                           "seres da luz"

Falam do despertar para novas mentes para uma nova realidade,mas há realidade...
está na consciência das pessoas,para se iluminar e obter uma plenitude do ser,temos que nos despertar a nós mesmos ...para unir forças e acreditar num mundo melhor,fechar mentes e não iluminar.é deixar de acreditar no que somos,na nossa essência no nosso ser...

A Fé

Requereu-se um dia a um senhor que trabalha-se na construção de uma pequena paróquia na zona interina do país. O único senão deste pedido, era a ausência de pagamento, visto que se tratava de um trabalho para a Igreja, era a Fé que pagava as contas.
O senhor, num primeiro instante sentiu-se indignado com tal pedido, mas a presença do requisitor, o Padre local, deixou-o na obrigação de demorar a sua resposta para outro dia "Vou pensar".

A- O senhor aceitou, pensou que a sua Fé devia ser imposta, aguardando pela posterior entrada no Céu e a respectiva Saúde para si e para os seus.
A Igreja foi contruída, celebrada com uma procissão, seguida de um festim no largo da vila. Os aldeãos sentiram-se contentes e de dever cumprido.
Ao senhor, a vida, durou-lhe mais dois anos quando um tumor lhe interferiu com a vontade de viver. O filho mais novo de dois, morreu quatro anos a seguir ao pai, de um acidente no campo, onde trabalhava.

B- O senhor não aceitou, pensou que a Igreja não quereria que passa-se fome. Achava que todo o trabalho devia ser pago. Pensou nas regras e no que controla o mundo, o dinheiro; rejeitou o pedido de Fé.
 A Igreja foi contruída, celebrada com uma procissão, seguida de um festim no largo da vila. Os aldeãos sentiram-se contentes e de dever cumprido.
Ao senhor, a vida, durou-lhe mais dois anos quando um tumor lhe interferiu com a vontade de viver. O filho mais novo de dois, morreu quatro anos a seguir ao pai, de um acidente no campo, onde trabalhava.


C- A Fé?

Paradigma e sua mudança

Quantas vezes se ouviu dizer nos últimos 15 anos que estamos diante de uma "mudança de paradigma" mas realmente quando se muda do mau para o pior estamos verdadeiramente perante imbecilidade pura!. Não existe mudança alguma, existe sim  manutenção de práticas sobejamente conhecidas, com objectivos que deixam marcas profundas no povo português e com resultados colossalmente desastrosos. Quando se deixa cair um  modelo de estado social que “protege” os mais desfavorecidos e se altera para um estado que persegue os velhos, os doentes,etc... , encontramo-nos perante a dura realidade que a demência, a insensibilidade, atrevo-me mesmo a dizer que a crueldade impera. Infelizmente, a "mudança de paradigma" em Portugal não é razão para uma nova esperança, é isso sim o fim da ilusão e do sonhos.

António Gedeão escreveu que  “ O Sonho comanda a vida” infelizmente aqui houve de facto uma mudança porque agora “ A troika comanda a vida”!!!

O eclipse do amor

Minha estrela, teus raios aquecem meu coração,
 teu calor seca minhas lágrimas,
 teu brilho ilumina meu sorriso.
Quando te levantas um novo dia nasce,
já quando te deitas vem a escuridão,
e com ela o mais belo luar.
O teu frio trás a dor do meu coração,
faz temer os mais perdidos.
Tuas estrelas são o seu tecto, a tela
que me leva numa viagem sem fim.
São os dois tão diferentes e tão iguais,
como o amor.
Só se juntam por um dia.
A manhã anoitece,
nasce a alegria.

A demora, num tom Surrealista (Escrita automática).

Quem os mandou o rio atravessar?
A brisa do mar não lhes chegava;
Fugiram, em modo mudo num tom réptil.
Garantiu a todos a sua volta,
Era certo o retorno num sobrevivente
Mas não foi a Frieza que o trouxe,
Foi o mel granulado de tom Amarelo,
O Forno eloquente de tom suave,
A submissão do gelo ciumento.
Foi nada que debaixo suba!
A Primavera tomou conta.
Era esta a demora? foi o pêssego
Que se reverte, que não se fez mostrar.
Chorou o limbo a que se chegara,
Lamentou a graça que havia recolhido.
Foi o mundo que o fugiu.
Se não voltar é porque não sente,
Se não sente é ser dormente.
Tenho pena.

Princípios de Felicidade.

Sobre o pretexto de ser feliz, a pessoa procura em seu redor o complemento da satisfação. Para todos, os humanos, os nunca-felizes, é só mais uma das procuras, incessante. É um percurso que todos buscam, ora por necessidade (derivado de uma má fase), ou por genética, porque nascemos assim, curiosos, desejosos de um final feliz.
Este caminho divide-se em duas fases, a Racional e a Irracional, no que a mim me compete observar.
Esta última é a fase do sonho, da não-certeza, mas a da crença. A crença pode não acontecer em algo específico, uma das muitas religiões, ou um Deus. Pode ser só algo que milagrosamente vá salvar a nossa vida. Uma certa alteração que esperemos que aconteça, um novo sentido que procuramos, para mudar o miserável estado que nos fez chegar a um ponto, que nos arrependemos. Que queremos sair.
Esta atitude não é menos louvável que a Racional, porque tal como a Racional, procura a mesma saída, a mesma felicidade. A principal diferença é a maneira como descola do chão para a alcançar.
O Racional tem os mesmos problemas, sofre dos mesmos lamentos, por vezes também não consegue solucionar os seus problemas, ora porque não tem resposta, ou porque simplesmente não tem força para reagir. A sua elevação espiritual mantêm-se no solo, na terra, é ali que está a sua resposta. Descobre-a com a vivência e interpreta tudo como justificável. O seu mundo não é quadrado, mas vive só da forma física, e ciêntífica.
Ambos buscam algo melhor; porque todos querem o melhor; o humano quer sempre o melhor.
Somos assim.

credere

Não acredito em coincidências
Não acredito na Igreja
Não acredito no Deus que os homens criaram
Não acredito em publicidade
Não acredito em crises globais inocentes
Não acredito em psicólogos
Não acredito em Médicos
Não acredito em raças/homens superiores
Não acredito em comida que vem do supermercado
Não acredito em vendedores
Não acredito em hierarquias
Não acredito na diferença entre policias e ladrões
Não acredito na diferença entre politicos e criminosos
Não acredito na diferença entre roubar e impostos
Não acredito em sorrisos antes de tempo
Não acredito no sistema social
Não acredito no sistema judicial (pleonasmo?)
Não acredito em segredos
Não acredito no sucesso da mentira
Não acredito na inveja
Não acredito na vaidade
Não acredito em Leis
Não acredito na sabedoria popular : «Há males que vêm por bem!»
Não acredito que sejamos todos tão cegos e não cuidemos do nosso mundo enquanto é tempo

«quem está ao sol e fecha os olhos, começa a não saber o que é o sol, e a pensar muitas coisas cheias de calor»

Mas há sempre qualquer coisa que nos faz acreditar, que nos devolve a essência do bem.

Acredito nas minhas pessoas
Acredito na relação causa-efeito
Acredito em Nós

EL MÁS GRANDE

o futuro do passado

O passado é a coisa mais imprevisivel do mundo, não pára de se transformar.
Quanto mais pensamos nele mais ele ganha novas vidas, novas perspectivas, novas feridas, novos sorrisos que chegam, inevitavelmente atrasados.

As coisas que deixaram de se fazer não fazem parte desta equação. No nosso passado não há lugar para frustrações em forma de arrependimentos. O nosso passado são as nossas acções, nunca as nossas inações tão tipicas da inércia contemporânea.
Não se pode construir o futuro sem a noção do passado que ainda é nosso.

o passado é o futuro.

Îmi place de tine

Sou um guardador de rebanhos.
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto,
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz.

A.F.A. - as paredes confessam

Realidades ocultas

Os dias de hoje não se vivem... correm-se! Corre-se à frente de tudo... do tempo, dos valores, das pessoas...
Olhamos para o relógio e vemos que estamos sempre atrasados, houve sempre qualquer coisa que se deixou de fazer, houve sempre alguém a quem nos esquecemos de vangloriar. Passamos uns pelos outros sem repararmos nos seus traços, no seu olhar, na maneira como os sentidos lhes devolvem aquilo que a vida lhes dá! É bem mais fácil julgar primeiro e só depois tentar conhecer as causas para as respectivos efeitos aparentes, dá demasiado trabalho!

O- olá, como estás?, tem sempre as mesmas duas respostas : mal e mais ou menos. Nunca respondemos: lindamente! Há sempre um mas...
E houve e há sempre alguém de quem nos esquecemos. Alguém que sofre de modo atroz e desumano.
São definidos juntamente com os seus sacos-pilhas de recordações, com o seu cheiro - por vezes nauseabundo - e com o sitio de onde fazem o seu cantinho. Pode ser a escada da igreja da memória, a porta do metro do rossio ou o banco do jardim da Avenida da Liberdade. Nunca os individualizamos, nunca nos preocupamos em saber o seu nome, a sua idade, a sua cor preferida... Nunca queremos fazer-lhes perguntas e muito menos ouvir as suas respostas. Perdem, por isso, a autonomização, a individualidade e tornam-se só mais uma estatistica.
No outro dia, no jornal lia-se que, cada vez mais pessoas em Portugal morrem de frio...
E quando se morre com a frieza, poderá dizer-se mesmo que provém da cegueira dos outros? Porque não se faz também disso uma noticia? Porque é que não há tablóides em que se lê as consequências da cegueira que vem da alma!?
Quando estamos com pressa para chegar ao trabalho ou à escola, houve sempre qualquer coisa que se deixou de fazer - repararmos neles. Só reconhecemos as lojas, os semáforos, os telemóveis...
Optem então por sair da vossa bolha particular e vazia e percebam que todos os dias há alguém pelo qual passamos que tem um nome, uma idade, uma familia, uma tristeza, uma alegria, ou até mesmo um livro preferido. Decida-se, por isso perguntar-lhes e responder-lhes. Opte-se então, por não apanhar este metro e ir apenas só no segundo. Porque entre uma coisa e outra podemos aprender uns com os outros, sejam elas pessoas com ou sem-abrigo.
A estes não lhes falta apenas um abrigo físico, mas todo um abrigo relacional. E se individualmente não lhes podemos dar o primeiro, o segundo conseguimos sempre... basta passar pelas pessoas e as ver. Basta dar-lhes voz, basta querer ter tempo! Basta não ter medo de quebrar a rotina preguiçosa.
Demais, como sempre digo, o pior pecado é o da omissão.

A.F.A. - os olhos que também falam

ASSOCIAÇÃO FOTOGRÁFICA DA AJUDA

jesus mete medo... á whitney houston!

Para todos aqueles que dizem que o jorge jesus não era ninguém antes de ser treinador do benfica digo : MINTIRÓSUS VOCÊSES!!!
Muito antes disso acontecer já o jójinho andava ocupado a representar o papel de fã nº1 da grande whitney houston no estrondoso êxito de bilheteira " o guarda-costas".
Repare-se na representação arrepiante deste actor/treinador :
http://www.youtube.com/watch?v=E75W-jAtx9E&feature=related

Um romântico este jójó! A ti, como grande exemplo que és, dedico este momento arrepiante :
http://www.youtube.com/watch?v=3JWTaaS7LdU