terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
EFEITOS CONTEMPORÂNEOS II
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
You shall be wise and know your culture
Importante não é aquilo que desejamos ter no futuro, antes o que somos e desfrutamos aqui e agora...
Falemos de Liberdade :
Paremos para nos redescobrir. Reconquistemos o bem-estar através da simplicidade.
A harmonia é alcançada através dos sentimentos verdadeiros, que por sua vez provêm naturalmente do âmago do nosso idealismo, e não da manipulação/ distorção camuflada de falsas promessas de felicidade. É uma questão de valores, princípios, ou se quiserem de prioridades individuais.
Eu acredito que menos pode significar mais. Posso existir melhor com menos. Basta não sucumbir à febre do hiperconsumo. Presentemente, o ideal de uma vida feliz é construída por alguém que não nós próprios. Hoje, ser feliz é alcançar o sucesso, é consumirmos em vez de partilharmos.
NÃO !
Se mudarmos o nosso modo de vida, voluntária e gradualmente, seremos recompensados com a Libertação do jugo da rotina capitalista :
Trabalharemos menos, gastaremos menos dinheiro e de forma mais construtiva. Enfim, uma vida com mais sentido, mais próxima da verdade.
Para consumirmos de forma racional temos, pois, de esclarecer e distinguir o que é importante e o que é acessório. Não se trata de renunciar totalmente ao materialismo, nem de nos sujeitarmos a uma privação auto-infligida. Muito menos se trata de ter uma visão romântica da pobreza. Quem pensar isso não compreende o essencial.
Trata-se antes de abraçar uma filosofia de simplicidade voluntária, viver de acordo com os meios, valores de cada um de nós.
Percebamos o funcionamento da “máquina” :
O nosso sistema político depende do crescimento económico, que por sua vez é medido através do Produto Interno Bruto. PIB este que cresce ou não, graças ao consumo. Se todos pararmos de consumir, as economias vão ao fundo. A Publicidade e o marketing existem para nos colocar na linha, tal qual um qualquer rebanho : o seu objectivo é fazer com que continuemos a consumir, que acreditemos ser essa a nossa única solução, de forma a educarmos os nossos filhos a seguir o mesmo exemplo.
O MEDO é muito mais poderoso que a violência.
Se o pior cego é aquele que não quer ver, então abram os olhos e vejam com atenção.
O hiperconsumo não é mais do que uma resposta á insegurança, ao medo que, subtilmente, é trabalhado por profissionais que geram o terror. Além das clássicas manipulações dos publicitários, economias de mercado altamente competitivas geram novas fontes de ansiedade, quer sejam simples questões de identidade (qual o meu papel na sociedade?) ou ainda perguntas elementares ( quem tomará conta de mim quando for velhinho? ).
A ligação entre materialismo e insegurança é bastante clara :
Quanto mais insegurança, mais materialismo, logo mais consumo. É um sistema que se auto alimenta. Somos induzidos a ter comportamentos (“maquiavelicamente” manipulados) estandardizados, como se fossemos Robots. Chegámos ao ponto em que, para sentirmos que vivemos precisamos de comprar qualquer coisa, o que quer que seja, necessário ou não. Simplesmente porque, para milhões de pessoas os bens de consumo se tornaram a essência da vida. Porque temos MEDO de ser excluídos.
O que não nos apercebemos (estaremos cegos ou não queremos ver?) é que o dinheiro e as dívidas dominam a nossa existência, fazemos parte do ciclo vicioso do hiperconsumo:
Trabalhar mais > ganhar mais dinheiro > consumir mais.
Se alguém se recusa a seguir este modelo instalado, logo argumenta a minoria que detém o poder que, desse modo, destruiremos a economia dos Países. O que demonstra até que ponto todos nós dependemos das forças do mercado, quando devíamos ser nós a controlar o rumo das nossas vidas , a definir as nossas prioridades.
Que cada um desperte a sua consciência e estabeleça as suas próprias prioridades. Porque :
" Liberdade é uma atitude"
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Delinear
Navega na decomposição social. Realiza em si uma visita guiada pela evolução industrial, pelos destroços paisagísticos, pela política hipócrita e pela anquilose humana.
Faz uma ablução milimétrica cada vez que pensa pensar, e revê em cada rebanho social a abnegação de o fazer também, e isto frustra-o. Irrita-o. Ira-o.
Com efes-e-erres coloca cada espécie na sua mente, pensa-a, estuda-a, repensa-a, e só depois a define. Não conclui abruptamente, tem a capacidade de distinguir.
Teme-se a si próprio e teme ainda mais não ter o poder de mostrar a verdade, é absentista.
Vive na esperança que noutra sociedade tudo melhore, ou que esta mesma milagrosamente o faça. Mas este não espera. Não espera pelo bumbúrrio político e social.
Ele prossegue insatisfeito, satisfazendo-se com a inglória dos “felizes” e com a insatisfação dos seus pares.